Dr. João Domício de Medeiros Carvalho
Os sintomas da lesão do plexo braquial podem variar de acordo com a gravidade e a localização do trauma. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
Com alguns desses sintomas, clique no botão abaixo e venha agendar uma consulta.
O plexo braquial é uma rede de nervos localizados na região do pescoço e ombro, composta pelos nervos C5, C6, C7, C8 e T1, que se originam da medula espinhal. Esses nervos se ramificam em ramos que irão se direcionar para o membro superior, realizando todo o movimento de ombro, braço, antebraço, punho e dedos. Os nervos do plexo braquial também emitem ramos que penetram a pele, sendo responsáveis pela sensibilidade de todo membro superior.
Devido sua localização, traumatismos que envolvem a região do pescoço e ombro, sejam eles através de corte, impacto ou tração, podem levar à secção, estiramento, ruptura ou avulsão dos nervos do plexo braquial. As lesões ocorrem principalmente em acidentes automobilísticos e, em especial, acidentes envolvendo motocicleta. Após a lesão, ocorre perda de força e sensibilidade na região do ombro, braço e mão. Dependendo da gravidade lesão, essa perda pode ser completa ou parcial, onde alguns movimentos continuam preservados.
O estiramento do plexo braquial ocorre quando as raízes do plexo braquial são esticadas, porém, não ocorre ruptura dos nervos e nem avulsão das das raízes. Estes são os casos que raramente necessitam de cirurgia e a melhora da força muscular já é percebida em poucas semanas após a lesão.
Ocorre quando os nervos são esticados ao ponto de que o nervo rompe. Nestes casos, a intensidade do trauma necessária para ocasionar a ruptura é maior que nos casos de neuropraxia, podendo ocorrer tanto a ruptura completa do nervo quando apenas de uma parte de sua estrutura. Aqui as chances de recuperação são muito menores que nos casos de neuropraxia e em geral é necessário tratamento cirúrgico.
O neuroma pode vir associado a outros tipos de lesão, como nos casos de ruptura. Aqui, os nervos estão tentando se regenerar, porém, sem encontrar o caminho correto, formando um enovelado de nervos que estão em recuperação mas não conseguem chegar até a musculatura. Os neuromas tendem a ser muito dolorosos e, devido ao fato da regeneração não estar ocorrendo de forma adequada, pode ser necessário o tratamento cirúrgico para recuperação dos movimentos.
É a forma mais grave de lesão. O termo avulsão significa que as raízes foram arrancadas da medula, tirando por completo suas chances de recuperação. Essa forma de lesão sempre requer cirurgia para a recuperação dos movimentos, e quanto mais precoce a cirurgia for realizada, maiores são as chances de recuperação.
CRM 44642 – RQE 41536
O Dr. João Domício é médico, graduado na Universidade do Sul de Santa Catarina e neurocirurgião, com residência médica em Neurocirurgia pelo Hospital Pompéia de Caxias do Sul. Possui formação complementar em Cirurgia dos Nervos Periféricos e Plexo Braquial pelo Hospital de Clínicas José de San Martín na Universidade de Buenos Aires (UBA).
É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). Atua como neurocirurgião na cidade de Caxias do Sul e é preceptor da residência médica em Neurocirurgia do Hospital Pompéia de Caxias do Sul.
CRM 44642 – RQE 41536
O Dr. João Domício é médico, graduado na Universidade do Sul de Santa Catarina e neurocirurgião, com residência médica em Neurocirurgia pelo Hospital Pompéia de Caxias do Sul. Possui formação complementar em Cirurgia dos Nervos Periféricos e Plexo Braquial pelo Hospital de Clínicas José de San Martín na Universidade de Buenos Aires (UBA).
Atualmente, atua como neurocirurgião na cidade de Caxias do Sul e é preceptor da residência médica em Neurocirurgia do Hospital Pompéia de Caxias do Sul.
Lesões com avulsão ou ruptura completa das raízes devem ser realizadas o mais precoce possível.
Lesões onde não há avulsão e lesão completa possuem alguma chance de recuperação, neste caso, aguardamos em geral um período de 03 meses para avaliar a possibilidade de recuperação e decidir se há necessidade de cirurgia e qual o momento ideal.
Após os 6 meses o resultado da cirurgia começa a cair. Portanto, não perca tempo!
O tempo ideal é o mais precoce possível. Porém é importante fazer a cirurgia após ter melhora dos nervos e músculos que servirão de doadores para reconstruir os que não irão melhorar.
O tempo necessário para realizar uma cirurgia do plexo braquial varia dependendo da graviade do trauma e o número de nervos a serem reconstruídos.
Em geral, os procedimentos levam algumas horas para serem realizados. Podendo variar de 02 a 06 horas para serem realizados.
Independente do tempo cirúrgico, o objetivo sempre é reconstruir a maior quantidade de nervos possíveis para garantir um retorno maior de movimentos.
O tratamento consiste em um início precoce de reabilitação com fisioterapia, para manter a saúde das articulações e estimular o crescimento nervoso.
Nos casos onde existe necessidade de cirurgia, a mesma deve ser realizada o mais precoce possível, pois sabemos que quanto antes realizada, maiores as chances de recuperação.
Após o procedimento cirúrgico, existe uma série de cuidados relacionados com o pós-operatório imediato. Passando esta etapa, a fisioterapia deve ser realizada em grande intensidade, para garantir as maiores chances de recuperação de movimentos.
A cirurgia é feita sob anestesia geral e com uso de microscópios para realizar a sutura nos nervos, já que o fio necessário para a sutura é mais fino que um fio de cabelo!!
Na cirurgia, existem diversas técnicas para recuperar os nervos, as mais comumente utilizadas são as transferencias nervosas, onde utilizamos um nervo saudável para recuperar um nervo que esteja machucado e seja responsável por um movimento importante, e a técnica de reconstrução das raízes com enxertos, reservada para os casos onde as raízes não foram arrancadas da medula.
No pós-operatório imediato, os cuidados são voltados para:
-Ferida operatória, evitando infecção, que poderia atrasar a recuperação;
-Uso da tipoia para proteger as suturas nos nervos e cicatrização da pele, o tempo de uso varia conforme a cirurgia feita, sendo orientado no momento da alta;
-Realização de movimentos nas articulações do membro, impedindo o enrijecimento das articulações.
Após, deve-se realizar muita fisioterapia, com profissionais habilitados a reabilitar este tipo de lesão, garantindo as melhores condições para retorno dos movimentos.
Os nervos do plexo braquial crescem 1mm por dia. Mas isso caso tenha um caminho para ele crescer, por isso a cirurgia de plexo braquial é importante.
O procedimento cirúrgico cria caminhos para o Nervo chegar até o músculo ou a pele!
Ela deve ser realizada de forma precoce porque após a cirurgia o nervo cresce lentamente, em torno de 1 mm ao dia. Durante o tempo que o nervo permanece lesionado, o músculo começa a atrofiar, podendo futuramente evoluir para fibrose. Nos casos onde a maior parte do músculo é constituída de tecido fibrótico, mesmo recuperando a integridade dos nervos, os movimentos não terão chances de recuperação.
Os bebês com lesões de plexo (paralisia obstétrica ou paralisia do parto) geralmente apresentam quadros de estiramento, possuindo boas chances de recuperação. Caso a recuperação já não seja iniciada nas primeiras semanas ou todo o membro superior for paralisado, devemos nos alertar para uma lesão mais grave e que necessite de cirurgia. Nestes casos, o quanto antes a cirurgia for realizada, maiores as chances de recuperação. Nos casos de paralisia obstétrica, o procedimento cirúrgico traz grandes resultados para a recuperação dos movimentos.